segunda-feira, 8 de outubro de 2012

1817; Início e Disseminação do Sentimento de Liberdade.


            Para podermos compreender a Revolução de 1817, temos de entender como se dava o cenário internacional, e também o cenário interno, principalmente o nordestino. Naquela época, a colônia encontrava-se em um delicado momento econômico, de dependência à Portugal que, neste contexto, estava dependente da Inglaterra, devido a Revolução Industrial e os tratados de 1810. Tratando-se apenas do Nordeste, esse passava por dificuldade nas exportações. Os principais produtos (algodão e açúcar) que eram exportados tiveram baixas significativas, o que acarretou em menor renda para a região, que já se encontrava periférica em relação ao sul e o sudeste, principalmente o Rio de Janeiro, onde se encontrava a Família Real. Além das baixas exportações, ainda havia outro problema, que era o de que a colônia estava repleta de produtos ingleses, desvalorizando ainda mais os produtos internos.
Outro ponto importante a ser comentado sobre o sentimento de liberdade decorre do fato da independência de outras colônias, essas na América Espanhola. Inspiradas nas ideias iluministas, e devido as invasões das tropas napoleônicas na Espanha, a elite que vivia nas colônias hispânicas se mobiliza e, nesse momento, há a independência das colônias espanholas. Há também outro levante, esse em São Domingos (Haiti), foi liderado por negros escravos que conseguiram a independência haitiana, o que trouxe receio para a colônia portuguesa, pois temiam que os colonizados tomassem o exemplo do Haiti.
Diante de todos esse eventos e com o descontentamento com a coroa portuguesa, é em 6 de março de 1817 que explode a Revolução em Pernambuco, onde há a criação de um governo provisório, se alastrando em pouco tempo para outras províncias; Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. O movimento que eclodiu em março trouxe insegurança para a Monarquia, poderia servir (e serviu) de exemplo para outros movimentos de cunho separatista.
O movimento teve repercussão internacional, houve publicações sobre a revolução em diversos jornais da Inglaterra, Estados Unidos, França, Portugal e Rússia. É tanto que no Times, diversas edições puseram notícias sobre a Revolução, desde o seu reconhecimento como revolução, até o seu fim.



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