segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Coordenadora do projeto é entrevistada pelo jornal Correio da Paraíba.



           
     Professora Eliete Queiroz Gurjão, criadora e coordenadora, do projeto “ANTES QUE SE APAGUE COMPLETAMENTE: memória e patrimônio da revolução de 1817 na Parahyba” foi entrevista semana retrasada e teve seu árduo trabalho exposto, neste último domingo 26, a toda a população paraibana que leem diariamente o jornal impresso: Correio da Paraíba.
     A motivação que impulsionou o projeto foi o inconformismo da professora de História, com o enfoque exclusivo de Pernambuco na historiografia sobre a Revolução de 1817. “A participação da Paraíba é totalmente obscurecida, apesar de ter sido a segunda província que proclamou a república, instituiu um governo provisório e teve mais de uma centena de lideres presos, entre eles cinco enforcados, esquartejados e que tiveram cabeça e mãos expostas em vias públicas. Daí gerou-se uma memória postiça que enaltece apenas a "Revolução Pernambucana" e deixou os paraibanos em completa ignorância sobre o fato.” A oportunidade de trabalhar essa questão além da sala de aula foi criada através de um programa de extensão aprovado pela UEPB: "Educação Patrimonial: representações locais e vínculos internacionais". Descobertas as placas e seu estado lamentável, evidenciou-se a urgência de recuperá-las e, ao mesmo tempo, resgatar a memória da Revolução na Paraíba. Neste sentido, foi elaborado novo projeto que, aprovado, está sendo executado em convênio UEPB/ Ministério da Justiça/ SDE/CFDD.
     A etapa inicial do projeto foi realizada em 2011.2. Consistiu na seleção e capacitação de 12 alunos-bolsistas. Foi ministrado pela coordenadora um curso sobre a fundamentação teórica e oficinas de Educação Patrimonial. Em seguida, foi realizado um trabalho de campo para reconhecimento e registro da área de atuação. Neste semestre (2012.1) foi realizado o mapeamento do entorno das placas e da Praça 1817 e realizadas entrevistas junto a uma amostragem desse contingente, perfazendo o total de 360 entrevistados. Foram feitas as transcrições das entrevistas, agora estamos em processo de apuração das respostas mais e menos relevantes, como forma de verificar o conhecimento da população paraibana acerca do assunto. Houve também nos dias 10 e 11 de agosto no Ponto de Cem Réis, a realização da primeira Estação Patrimonial (plantão em tendas na praça durante 2 dias seguidos, para interagir com os transeuntes com base nos objetivos do projeto.) Já estão programadas a realização de mais duas Estações, sendo a segunda ainda este mês, na Praça João Pessoa nos dias 28 e 29 de setembro. Até o final do projeto (maio/2013) serão executadas ações educativas e de divulgação, acompanhando a recuperação das placas.

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